No dia 24 de maio, cá em Durrães, recuámos no tempo e fomos parar à idade do ferro e à cultura castreja.
De início vimos dois vídeos sobre os povos castrejos que habitavam o Vale do Neiva e ficámos a conhecer melhor os seus hábitos. Estes povos viviam no alto dos montes em pequenas povoações e as suas casas eram redondas, feitas de pedra e com telhado de colmo (palha). Eram povos guerreiros, por isso é que as casas ficavam no alto dos montes.
Nos vales praticavam a agricultura e a pastorícia pois já eram sedentários.
As mulheres eram tão importantes como os homens e também iam para a guerra. Os velhos (anciãos) eram muito respeitados e a sua opinião era muito importante.
Após a visualização dos vídeos fomos para o recreio onde estava montado um mini acampamento castrejo. Tínhamos a comida que era consumida na época: milho miúdo, favas, amêndoas, ervilhas, mirtilos, cereja, trigo, aveia, cevada, avelãs, algas, hortelã, loureiro, cogumelos, maçãs e pão feito de bolota. Soubemos que comiam carne de javali, cabra, veado e vaca.
Também vimos a zona de tecelagem que tinha um tear parecido com os da época castreja. Experimentamos os teares e fizemos um pedaço de tecido com lã. Estes povos também usavam o linho para fazer os seus tecidos.
Os povos castrejos também gostavam de jogar e nós jogámos ao Jogo do Moinho que é parecido com o jogo do galo, mas mais avançado.
Num tapete havia placas de xisto e uns pregos gigantes. Com esse material fizemos arte rupestre desenhando cenas de luta, de caça e também das habitações.
Entretanto um “guerreiro” fez uma fogueira, mas no fundo colocou seixos grandes. A lenha ardeu e os seixos ficaram a escaldar. O “guerreiro” colocou carne de vaca nesses seixos e temperou com sal que os povos castrejos já conheciam. Todos provámos e achámos que estava deliciosa…
Da parte de tarde fomos visitar a Porta do Neiva que fica no antigo apeadeiro de Durrães e é um centro interpretativo da arqueologia do Vale do Neiva.
Na Porta do Neiva vimos achados arqueológicos desde a idade da pedra até à idade média. Estes achados foram encontrados em vários castros do Vale do Neiva.
Ficámos a saber muito mais nesta verdadeira aula ao ar livre.

(Texto coletivo 3º e 4º ano de Durrães)

Nota da Redação.
Um especial agradecimento aos Encarregados de Educação Andreia Silva, José Luís Maciel e Manuela Pereira que proporcionaram aos alunos esta viagem no tempo. Obrigado também pela presença das professoras Clara Neiva e Herondina Salgueiro que acompanharam as atividades. Fica o convite para visitarem a Porta do Neiva.