Alunos da EBI de Fragoso preocupados com o ambiente

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Os alunos do 6.º A, dando seguimento as várias iniciativas realizadas no ano anterior no âmbito do projeto Separação de Resíduos na Escola, sob a orientação do professor de Ciências, colocaram um pilhão na escola com o apoio da IRIS – Associação Nacional de Ambiente, para uso de toda a comunidade educativa e da população em geral. Também realizaram vários trabalhos práticos sobre a recolha seletiva, os diferentes recipientes a utilizar para o papel, vidro e óleos, como fazer um fardo de jornais e uma visita virtual à Resulima.
Esta campanha tem por objetivo alertar a população em geral para os perigos ambientais resultantes do abandono inadequado das pilhas usadas. As pilhas são baterias, ou seja, um aparelho eletroquímico com capacidade para converter energia química em energia elétrica. As pilhas são constituídas por um polo negativo (ânodo), um polo positivo (cátodo) e um eletrólito ou solução aquosa através da qual passa a corrente elétrica.
As pilhas são consideradas compostos altamente poluentes. A maior parte delas contém produtos corrosivos e/ou metais pesados, como o mercúrio, chumbo, cobre, níquel, zinco, cádmio e lítio.
No nosso dia–a–dia encontramos pilhas adaptadas a variadíssimas utilizações: zinco-carvão ou alcalinas para rádios, gravadores, brinquedos, máquinas de barbear, moinhos de café, despertadores, lanternas, …; e mercúrio ou de óxido de prata para calculadoras, relógios, aparelhos de audição, ….
O mercúrio encontra-se especialmente presente nas pilhas tipo botão, existentes, por exemplo, em calculadoras e em máquinas fotográficas. O mercúrio é um metal pesado extremamente tóxico, bioacumulável e desnecessário à vida.
Podemos referir que são perigosos poluentes tóxicos para a saúde humana e contaminam o meio natural. Quando abandonadas na natureza, ou entre o lixo doméstico, quer por falta de informação, quer por falta de infraestruturas adequadas à sua recolha seletiva, a corrosão rompe os invólucros e derrama o seu conteúdo tóxico que é arrastado pelas chuvas para os rios, mares e para os lençóis de água subterrâneos que abastecem os poços e nascentes, contaminando estes locais por períodos de cinquenta anos.
Uma pilha de botão pode contaminar 2000000 de litros de água continentais ou marinhos. Uma só pilha alcalina pode contaminar 175000 litros de água (mais do que bebe uma pessoa em toda a vida).
A ingestão de uma pilha de “botão” provoca intoxicações agudas e perfurações intestinais, podendo levar à morte em poucas horas.
Por fim, os alunos do sexto ano deixam uma mensagem: “Não deite as pilhas para o lixo, deposite-as nos recetáculos próprios pilhões ou pilhómetros”.
Adquira pilhas com baixo teor em mercúrio.
Prefira as pilhas recarregáveis!

Jorge Silva